quinta-feira, 13 de maio de 2010

ARROZ COM CEBOLA

Tem algumas coisas que ficam marcadas de maneira impressioante em nossas memórias afetivas. Fico impressionada com minha memória olfato-afetiva! Minha mãe fazia um arroz deliciosamente simples, com cebola, óleo e sal, simples assim, como todo mundo faz, certo? Errado. Raramente sinto o cheirinho do arroz que ela fazia, mesmo quando sigo exatamente a sua receita. Mas hoje minha vizinha reproduziu em suas panelas o cheirinho da minha infância e o aroma convidou-me sem a menor cerimônia a lembrar-me daquela época...

Nem precisei fechar os olhos, a vi masueando a colher, a panela e o fogão lá de casa... Saudades.

Minha mãe cozinhava muito bem e gostava disso. Também tinha habilidade com tecidos e máquinas de costura. Era caprichosa. Era rápida. Era imbátivel. Era uma super-mãe. Era a minha mãe. Será que se eu chamar ela volta?

- Manhê!!!!!

Te amo.

27 anos e ainda não esqueci o cheiro do seu arroz... Um arroz simples, do dia-a-dia, sem nada diferente. Ela fazia tantas coisas diferentes e tão boas, das quais eu não tenho ideia de como cheiravam, mas o arroz ficou marcado. Talvez isso explique ou demonstre a falta sentida, não declarada da tua simples presença no meu dia-a-dia...

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